Alguns deles diziam que seria a ira de Deus caindo sobre eles, outros diziam que seria o mal dos mares, porém Atena sabia muito bem da doença que os assolava. Uma doença quase que desconhecida em 2074 devido à educação alimentar e saudável das escolas e instituições.
Eles possuíam um estoque considerável de algumas frutas cítricas, que poderiam retardar o escorbuto que espalhava-se pelos navios, não seriam suficientes para salvar uma tripulação inteira, mas com certeza ajudaria a evitar a morte vários.
– Ignoto e Manoel, – Pedro chamou o cozinheiro e o médico daquela embarcação. – segundo este menino, – apontando para Joaquim que insistiu em incomodar Pedro até que ele o ouvisse. – insistiu em chamá-los para debatermos sobre um tal de escorbuto.
Por mais que Pero ainda enchesse o saco para fazer Joaquim calar a boca, o menino ignorou-o e conversou com o médico e o cozinheiro.
A principal doença que eles estavam enfrentando apresentava sintomas preocupantes para aquela época, dores nas articulações, sangramento na pele e gengiva, fraqueza, quedas dentárias e demora na cicatrização de machucados, além dos efeitos da falta de consumo de água adequado.
Explicando toda aquela situação, o médico concordava com quase todas as evidências que Joaquim apontava, porém ainda duvidava da capacidade do aprendiz de deduzir uma solução para aquilo.
– E por que contas para nós? Como sabes dessa doença e da hipótese de cura? – o médico perguntou, cruzando os braços e olhando no fundo dos olhos do garoto.
Atena não poderia simplesmente dizer que sabia por saber, não geraria confiança e muito menos apoiariam a ideia de melhorar a alimentação dos tripulantes, mas se não o fizesse, também não chegariam no Brasil.
Dizer que apenas sabeFalar sobre um sonho com Deus