Pensando em tudo que o povo brasileiro passou e os 400 anos de escravidão que se seguiu, Atena pensou que se falasse sobre respeito e relativismo cultural, mudaria o pensamento da maioria dos homens ali presente. Além de evitar que tudo vá para o ralo com realmente aconteceu, nem mesmo ela se deu conta que aquilo causaria uma ruptura no fluxo temporal.

– Eu não acho uma boa ideia aplicarmos nossa cultura sobre a deles, além do mais, os costumes deles são completamente diferentes dos nossos… – Joaquim começou a falar, andando lentamente até eles. Pedro revirou os olhos, já estava cansado do garoto cuja personalidade parecia tanto com a dele.

– Garoto! – Pero Vaz grita. – Pare de atrapalhar e venha até aqui!

– Cale a boca, Pero e deixe-me falar o que penso. – Joaquim cansou de ficar engolindo o que pensa.

Uma série de falas e indignação se seguiu, mas Joaquim conseguiu a atenção de todos rapidamente, debatendo sobre como as ações deles naquela terra influenciaram no futuro dos nativos, além de incluir o relativismo cultural o qual Atena tanto pensava, ensinando que a cultura dos nativos se baseia nos pensamentos e visões de mundo feita por eles mesmos, além de discordar com a ideia dos portugueses em criar uma colônia tão cedo em uma ilha.

Esse discurso influenciou muitos outros debates, o que culminou para chamarem o menino de louco ou como uma salvação na visão de Pedro. Ele conseguiu tomar o controle da situação e entrou em acordo com os comandantes, eles iriam abastecer o estoque de mantimentos e partiriam daquela ilha, sendo duas embarcações para Portugal e oito para Calicute para construção da feitoria.

No dia primeiro de maio de 1500, todos partiram da Ilha de Vera Cruz com seus respectivos objetivos, determinados na reunião. No entanto, isso é uma história a ser contada por outra pessoa, em vista que Joaquim não estava presente nesta viagem.

Mas onde ele estaria então?

Não sabemos ao certo, apenas posso afirmar que Pero Vaz de Caminha não se arrepende do que fez…

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